Transporte de materiais hospitalares

Transporte de materiais hospitalares: por que é tão importante para a segurança do paciente?

O transporte de materiais hospitalares é um dos grandes desafios do segmento médico, principalmente para os fabricantes e distribuidores de produtos para a saúde e correlatos (equipamentos de diagnóstico, terapia e apoio médico-hospitalar, materiais e artigos descartáveis e implantáveis e produtos de uso “in-vitro”).

A segurança do paciente está intimamente ligada ao uso de produtos esterilizados, sem contaminação, e o transporte é uma das etapas mais sensíveis nesse processo.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é quem fornece as autorizações para as empresas transportadoras, divididas por segmentos. Ou seja, uma empresa que possui uma AFE (Autorização de Funcionamento) para transportar medicamentos ou saneantes, por exemplo, não está autorizada a transportar produtos ou correlatos para a saúde. Além disso, é necessário obter a VISA, uma licença emitida pela vigilância sanitária local, e possuir um responsável técnico devidamente habilitado, que será o responsável pela manutenção do sistema de qualidade da empresa.

Esses são somente alguns requisitos necessários para o transporte de materiais hospitalares, uma atividade que requer muito cuidado e atenção. Neste post, vamos revelar por que esse controle tão eficiente é necessário, levando em conta o principal impactado nesse processo: o paciente.

Transporte de materiais hospitalares ineficiente: riscos ao paciente

Todas os processos hospitalares têm a finalidade de atender às necessidades dos pacientes, e qualquer falha nesses processos os afetará. Abaixo, alguns exemplos de impactos produzidos pela má gestão do transporte de materiais hospitalares:

Aumento de custos

A área da saúde é um segmento financeiramente custoso, já que envolve profissionais altamente qualificados, pesquisas e procedimentos que demandam alto controle e gerenciamento. Todos esses custos, de uma forma ou outra, são repassados ao paciente, seja no valor de um tratamento particular, nos impostos que financiam o sistema público de saúde ou na mensalidade do plano de saúde. Para diminuir esses custos, é preciso otimizar todos os processos envolvidos nessa cadeia, sendo um deles o transporte e logística.

Possibilidade de contaminação

Um transporte de materiais hospitalares ineficiente resulta em uma maior possibilidade de contaminação dos produtos, o que afeta diretamente o paciente. Por exemplo: quanto mais otimizada a rota do transporte, menos paradas o veículo terá que fazer, diminuindo assim o risco de contaminação.

Perda de prazos

Outro resultado de um transporte de materiais hospitalares ineficiente é a perda de prazos. Sem mecanismos de controle e uma logística eficaz, o cumprimento dos prazos é dificultado, o que impacta em todos os participantes do processo, desde o fabricante do produto, o distribuidor, o profissional da saúde e o paciente, entre outros.

Boas práticas para o transporte de materiais hospitalares

Para evitar as falhas mencionadas acima, algumas medidas devem ser seguidas pelos fabricantes, distribuidores e, principalmente, pelas transportadoras.

Manual de Boas Práticas

Todas as transportadoras autorizadas pela Anvisa precisam ter um Manual de Boas Práticas, contendo os procedimentos necessários à garantia da qualidade durante todo o processo. O manual precisa ser de conhecimento de todos os colaboradores da empresa, contendo normas de higiene, limpeza, climatização, manuseio de produtos e todas as atividades ligadas ao transporte de materiais hospitalares.

Normas do fabricante

Além das práticas disseminadas dentro da empresa, é preciso também seguir cuidados próprios de cada fabricante. Esses cuidados constam nas embalagens do produto que será objeto do transporte. Para se ter uma ideia, alguns produtos podem sofrer alterações de características e perder a esterilidade devido ao transporte incorreto.

Treinamentos

Para que todas essas normas sejam fielmente seguidas, é preciso capacitar e treinar os funcionários. Existem, inclusive, símbolos que identificam padrões para o transporte dos produtos, que devem ser facilmente entendidos pelos integrantes do processo logístico.

Outros processos logísticos

Além do transporte em si, existem outros processos que acabam fazendo parte da logística e que também impactam no paciente, necessitando de cuidados próprios.

Recebimento

O recebimento de materiais hospitalares acontece em quatro fases: entrada de materiais, conferência quantitativa, conferência qualitativa e regularização. Irregularidades e divergências com relação ao contrato, sendo insanáveis, devem ser motivo de recusa de recebimento.

Conferências

As conferências acontecem de forma quantitativa e qualitativa. A quantitativa certifica se a quantidade de materiais declarada pelo fornecedor na nota fiscal corresponde à quantidade recebida. Já a qualitativa garante a adequação do material ao seu fim, com uma análise de qualidade efetuada pela inspeção técnica, confrontando as condições contratadas na Autorização de Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo Fornecedor.

Armazenagem

A armazenagem dos materiais no almoxarifado precisa seguir cuidados especiais para que preservem a qualidade. As regras são definidas de acordo com o sistema de instalação e o layout adotado. São seis fases envolvidas: Verificação das condições de recebimento do material; identificação do material; depósito na localização adotada; informação da localização

física de guarda ao controle; verificação periódica das condições de proteção e armazenamento e separação para distribuição dos materiais.

O transporte de materiais hospitalares é um processo extremamente sensível e requer muitos cuidados e atenção, pois trata-se de um material que afeta diretamente os pacientes. Para entender esse assunto com mais detalhes, baixe o nosso eBook!

 

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